segunda-feira, 22 de junho de 2009

MARTHA MEDEIROS

Tive hoje conhecimento de dois trabalhos de uma brasileira que é jornalista e tambem escritora, que me impressionaram bastante. Tanto ou tampouco que resolvi passá-los aqui no meu blogue para serem devidamente apreciados. Esta senhora chama-se Martha Medeiros, é colunista do jornal "Zero Hora" de Porto Alegre e tambem de "O Globo" do Rio de Janeiro. A obra dela não conheço pela simples razão de não a ter lido, mas sei que já escreveu cerca de dez livros entre prosa e poesia e posso garantir que se descobrir algum trabalho dela tão ou mais impressionante que qualquer destes dois, divulgo-os aqui no meu blogue. Ora vejam, leiam e sintam !!!!

=============================


Pedaços de Mim

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraído até o bastante
não paro por instante

Já tive
noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo

Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros

=============================


Quem morre?

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo

Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajeto,
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou
Não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos
Olhos e os corações aos tropeços.

Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz
Com o seu trabalho, ou amor,
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho,
Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos…

Viva hoje !
Arrisque hoje !
Faça hoje !
Não se deixe morrer lentamente !
Não se esqueça de ser feliz

Martha Medeiros

=============================

Se gostaram como eu gostei, dentro em breve ponho aqui mais alguma dos suas magníficas obras. E assim cá se "engendrou" mais um dos meus desabafos. Um abraço. Vitor

domingo, 21 de junho de 2009

OS MESTRES DESENHADORES DE RUA































































DESENHOS = Estão aqui representados, o Julian Beaver com os dois desenhos de cima, o Kurt Wenner com os dois do meio e por fim o Edgar Muller com os dois últimos.





Qualquer individuo que goste de arte, não pode deixar de reparar nos magníficos desenhadores de ruas que são Julian Beaver, Kurt Wenner e Edgar Muller. Qualquer deles se pode intitular o melhor na sua arte, mas quanto mim, recorro ao velho adágio popular, "venha o diabo e escolha" !!! Essas maravilhosas obras de arte são sempre feitas com uma prespectividade tal, que vistas de um certo ângulo, contêm as três dimenções. Os desenhos que coloquei no principio deste "desabafo", as "3D" notam-se tão perfeitamente, que há pessoas que se afastam dos desenhos com medo de, ou caír no buraco, ou ir de encontro a uma parede, ou outra qualquer coisa semelhante !!! São realmente de uma tal veracidade que quando o Edgar Muller desenhou um rio numa rua, ouve pessoas que apesar de saberem que era uma pintura, de tão real que ela estava, não saíram de casa !!!

Eu particularmente gosto mais do Julian Beaver, talvez por ele ser menos catastrófico que os outros dois. Ele brinca com os desenhos que faz, convidando os passantes a entrarem na brincadeira, propondo então vários aventuras, ele consegue prender a atenção de toda a gente.
Enquanto que os outros dois tambem o conseguem, mas de uma forma mais agressiva, pondo em destaque variadíssimas espécies de catástrofes, como abismos, ruturas no chão, ficando-se a ver água e uma espécie de fogo, de tal maneira que os transeuntes passam de lado, com algum receio !!!!

E é por esta razão que prefiro os desenhos do Julian Beaver, aliás pode-se verificar o meu comentário do parágrafo anterior, por intermédio das fotografias expostas no princípuio desta mensagem. Enfim, este desabafo está no fim e costumo dizer que para a semana há mais !!!! Talvez !! Um abraço. Vitor

quarta-feira, 17 de junho de 2009

UM CAÇADOR " DE ARAQUE " EM ÁFRICA ! ! !





 









  •                                                        

















1ª foto - Dança do sal feita pelos nativos para que o caçador tenha sorte na caçada.
A 2ª foto - Eu, a minha mulher Lídia e uma amiga dela, cada um com a sua arma.
A 3ª foto - A pose com o guia e com um búfalo
A 4ª foto - A machése (palhota grande), o meu Land Rover, a Lídia e a irmã Graça
A 5ª foto - O meu 1º Land Rover já preparado para a caça
A 6ª foto - Eu com dois guias e uma gondonga
A 7ª foto - As manas Lídia e Graça à noite junta à fogueira
A 8ª foto - Uma bonita vista ao fim do dia, do meu acampamento de caça sobre o Rio Pungué
A 9ª foto - Uma paragem no mato para se fazer "qualquer coisa", um xixi, por exemplo !!
A 10ª foto - O meu L. R. grande (109) já completo, para caçar.
A 11ª foto - Eu com uma pála-pála.
A 12ª foto - O resultado duma caçada: 2 javalis, uma pála-pála e uma gazela.
Vamos então agora começar com a descrição, de alguns factos que considero interessantes.
Quando fui para África como militar, fui integrado numa companhia que tinha a denominação de "Companhia de Caçadores Especiais 300". Não sei se foi o nome da minha unidade no Exército ou possivelmente a mania da caça, o facto é que quando passei à disponibilidade dei por mim a comprar armas e munições a fim de ser um verdadeiro caçador nos "tandos" e florestas da nossa província ultramarina de Moçambique, que é designada agora como Republica Popular de Moçambique. Mas o facto é que actualmente não consigo vangloriar-me das caçadas feitas nesse país, porque isso me obrigava a falar dos animais que matei e essa é a parte que menos gosto !!!
Tenho várias fotografias que podem documentar estas minhas caçadas, mas o passeio e a estadia durante o fim-de-semana na mata, longe do bulício da cidade, era a meu ver um facto muito mais interessante do que a saída para a mata procurando os animais, que por vezes nem apareciam! Não era bem o caso do território em redor do meu acampamento, uma vez que este se encontrava aproximadamente a uns quatrocentos ou quinhentos metros, da reserva de caça da Gorongoza e que por essa razão nunca faltavam animais para as nossas caçadas. No entanto quero deixar bem claro que eu não era aquela espécie de caçador, como existiam muitos, que matavam animais só pelo prazer de matar, não respeitando no mínimo a natureza. Eu matava caça para comer, e nunca abatia animais em excesso, não só para não provocar a sua extinção, mas tambem para que não se estragasse nem um pouco dessa carne tão saborosa e tão tenra, ainda que por vezes a tivesse que oferecer a amigos, familiares, ou mesmo dar de presente aos rapazes que me serviam de guias nessas caçadas.


Quando comecei a praticar este desporto, contava com um "Land-Rover 88" (foto 5), que apesar de muito pequeno conseguia ir onde os outros iam, mas no fim, para carregar as peças de caça, não tinha tamanho de caixa suficiente para transportar algum animal de maior porte, como por exemplo uma "gondonga". Para fazerem uma idea de como era este animal posso compará-lo a uma gazela mas esta, com cerca de oitenta a cem quilos de peso (foto 6). Estes bichos eram sempre preferidos por nós (caçadores), porque a sua carne era imensamente tenra, fosse ela cortada do lombo ,da perna ou de outra qualquer parte do animal. Tenho comigo para vos mostrar o porte deste antílupe, algumas fotografias, onde se pode ver o tamanho do animal. Outros bichos vos serão mostrados em fotografias (fotos 2, 6, 11 e 12), podendo assim ficarem com uma idea do tamanho deles, por comparação, pois que normalmente eu ou colegas meus de caça estaremos sempre por perto a fazer a velha pose para a "posteridade"!!
Há uma matéria que não pode passar despercebida neste passatempo uma vez que é crucial na caça: são as armas. Vou passar então a tentar descrever o melhor possível como e com quê, eu andava armado nestas caçadas. Levava sempre comigo, além de um revólver de calibre .32, para qualquer eventualidade, três armas de caça: uma carabina "Usqvarna" de calibre 30.06 com alça telescópica, uma carabina"Coxwell and Harrison" de calibre 300 magnum e uma caçadeira "Erbi" de calibre 12. A carabina Cox. and Har. era suficientemente poderosa para deitar abaixo um elefante, pois que o impacto da bala até 70 metros seria de 30 toneladas, suficiente portanto para derrubar um bicho daqueles. Estas espingardas podem ver-se na foto nº 2, tendo eu a "Usqvarna", a Lídia tem a caçadeira "Erbi" e a amiga está com a "Cowell and Harrison".


Agora vou falar-vos sobre o meu acampamento, que ficava num sítio deslumbrante, pois que dum lada era a floresta verde e muito cerrada e do outro uma ravina com seis a sete metros de altura e que acabava no Rio Pungué(foto 8). A minha "machése" (cabana grande) (foto 4) tinha a porta virada ao Rio, pelo que ao fim da tarde aperecia sempre uma brisa para nos refrescar a qual era muito bem vinda, pois que quando a temperatura bate os quarenta gráus qualquer brisa que apareça é uma benção do céu!! Mas o mais engraçado é que à noite acendíamos a fogueira e ficàvamos em redor dela com uma sensação de conforto agradável em confronto com uma brisa muito fresca ou mesmo fria que teimava em nos refrescar demais !
Por vezes quando acordávamos de madrugada e saíamos da machése para fazer, vocês sabem o quê, encontrávamos pegadas de leão que vinham ao cheiro da caça. Não era muito frequente, mas acontecia de vez em quando. Houve até uma das noites que lá passámos, que um dos reis da selva não ficou contente em passar por lá despercebido e para marcar a sua passagem deu um rugido perto da machése que nos pôs todos em sobresalto, isto para não dizer "a tremer como varas verdes" !!! Eu próprio agarrei na caçadeira e metendo os canos fora da janela dei um tiro para o ar, pondo em fuga os leões, digo "os", porque pelo barulho das patas que fizeram ao fugir calculei que seriam mais do que um.
Talvez fosse bom eu explicar o que quero dizer nas fotos nº5 e na nº10 quando menciono que o Land Rover já estava preparado ou completo para a caça. Estas expressões querem se referir a que só depois de ter várias transformações é que consideramos os carros prontos para se atreverem a entrar no mato para caçar. Começamos então por aplicar um carril dos caminhos de ferro, soldado dentro da reentrância trazeira do pára-choques, seguido de um resguardo em ferro com um centimetro de espessura em frente da caixa das mudanças e do motor do veículo, duas rodas completas sobresalentes e um resguardo lateral feito com tubos, para que quando o carro está em andamento, nos possamos agarrar quando nos desiqilibramos, para não caírmos para a estrada. É então que depois de todas estas transformações, podemos já ir para o mato sem qualquer medo de precalços, mas no entanto é sempre bom saber um pouco de mecânica e ter tambem um bom lote de ferramentas, pois que a oficina mais próxima fica a cerca de duzentos kilómetros!!!
Suponho que disse quase tudo sobre as minhas caçadas em África, mas no entanto se por qualquer circunstância me lembrar de mais alguma peripécia, logo voltarei aqui para a contar.
E aqui está mais um dos meus desabafos. Um grande abraço.Vitor

terça-feira, 26 de maio de 2009

O ENCONTRO DOS "GUERREIROS" DA CCE300

Almoço de 2009
Almoço de 2008


Em Abril de 2008 chegou a minha casa uma carta dum tal José Cavaco Peres, convidando-me a comparecer num determinado Restaurante, para disfrutar da companhia dos antigos companheiros de armas, da guerra do Ultramar, mais concrectamente de Moçambique.
Esse Sr. era nem mais nem menos, que o 2º Sargento da Companhia de Caçadores Especiais 300, unidade pela qual fui integrado, quando fui para a já citada guerra. Nesse ano, o passado portanto, gostei imenso de rever velhos camaradas, mas como já não os via há cerca de 45 anos, fiquei como que um pouco atordoado, pois que, a última vez que os tinha visto, tinha sido com as idades a rondarem os 25 anos e agora estava a revê-los com cerca de 70 anos, o que provoca uma certa confusão. Esta situação acabou, tendo eu gostado imenso de ter estado nesse convívio, e prometendo, não só a mim mesmo como também ao Cavaco, nunca mais faltar a um desses almoços !!!!

Pois foi exactamente o que aconteceu este ano. Quando recebi a carta/convite, da organização do almoço, resolvi imediatamente não faltar a esse magnífico evento. Assim no Domigo dia 24 de Maio de 2009 pelas 9 horas, saí de casa, enchi o depósito do carro e lá fomos nós, eu e a minha mulher para o Restaurante "A Lareira" nas Caldas da Rainha, encontrarmo-nos com a rapaziada da CCE 300. Engraçado se torna o facto, de que esta segunda vez, o convívio com os meus antigos companheiros de armas, se tornou mais aberto e mais profícuo, pois que sabia agora, com mais realidade com quem ia falar e portanto, quais seriam possivelmente os temas das conversas. Como já calculava este novo encontro, foi muito mais, surpreendentemente agradável que o primeiro, tendo isso acontecido, porque como já afirmei, este velhote que sou eu, estava preparado para encontrar os outros velhotes, os meus antigos companheiros. Além de tudo mais,este ano estavam camaradas que não compareceram naquela minha primeira vez em 2008, e que me deu muito prazer, não só encontrà-los mas tambem conversar com eles.

Resumindo e concluindo, este encontro de 2009, foi bastante mais cordeal, ficando a amizade entre nós mais vincada, pois que reparei que o tempo passou muito rápidamente, porque quando olhei para o relógio eram já 17 horas, tendo passado ali sete horas em alegre cavaqueira com os meus amigos, sem dar por isso. Este sinal foi tão positivo que até foi marcado ali mesmo encontro para o ano, só que desta vez iremos passear mais um pouco, pois que vai ser no Alentejo, posivelmente em Beja.

Assim quero agradecer a todos os meus colegas, principalmente ao Cavaco e ao Brito o trabalho que tiveram em organizar todos estes encontros tão agradàveis, não podendo esquecer o Vidigal e a esposa, o Chastre e a esposa, o Colaço e a esposa, o Dorotêa e a esposa, o Vieira Rodrigues e família, o Odílio, o Palitos, e todos os outros amigos e companheiros, o meu muito obrigado por nos terem recebido a mim e à minha esposa, com a alegria e o calor humano com que nos receberam.

Isto é dedicado, com reconhecido bem estar e gratidão, a todos vós meus amigos. E para que não se perca, fica escrito como estou imensamente grato pela vossa amizade e consideração. Acabando como sempre estes meus desabafos, aqui vos ofereço uma frase dum grande pensador chinês, Confúcio ou Kung Futsé que nos obriga tambem a pensar, e diz o seguinte:

«Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.»

E assim acabo, despedindo-me e enviando para todos vós um grande abraço de amizade. Meco

sábado, 9 de maio de 2009

HOMENAGEM A UMA QUERIDA AMIGA

Já publiquei mensagens para quase todas as minhas amigas, e desejando continuar a enaltecer as suas qualidades, vou-me agora propôr à tarefa de elevar ao mais alto gráu de estima, uma delas que me é muito querida. Também se chama Maria, é uma nortenha "dos quatro costados", amiga do seu amigo, sempre pronta para levantar quem estiver desmoralizado, enfim, se eu pretendesse revelar aqui todas as suas qualidades, teria possivelmente que publicar uma segunda mensagem neste blogue. Vou-lhe dedicar um texto de Albert Einstein, onde ele tece várias considerações com uma imensa verdade, sobre o que é ser amigo.

A AMIZADE

Pode ser que um dia deixemos de nos falar... Mas, enquanto houver amizade, Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe... Mas, se a amizade permanecer, Um do outro se hão-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos... Mas, se formos amigos de verdade, A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos... Mas, se ainda sobrar amizade, Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe... Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existem milagres.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
ALBERT EINSTEIN
Quanto a mim, digo com sinceridade que vou pela segunda hipótese de viver a vida, sem quaisquer dúvidas.
Para a pessoa que é alvo desta homenagem, aqui vai o meu sincero e singelo "muito obrigada" por seres minha amiga. Um abraço. Vitor

quinta-feira, 7 de maio de 2009

AS MINHAS AMIGAS SÃO DE PLATINA

Recebi hoje, uma das melhores prendas que um individuo pode receber !! Uma muito querida amiga, enviou-me um E-Mail incentivando-me a colocar alguma novidade neste blogue pois não o faço à quase duas semanas.
Minha querida amiga "Maria", li o comentário que fizeste , podendo-te garantir que não precisaria de assinatura para me aperceber que eras tu. A descrição que li no texto que escreveste, é exactamente a idea que eu faço de ti. Esqueceste-te de que além de guerreira, és amiga, terna e carinhosa, mas como agora eu o disse, fica registado para futuras gerações o saberem !!!
Li um texto da Letícia Thompson, que retrata exactamente o que penso da amizade o qual vou deixar aqui expresso nesta mensagem, dedicada a todas as nossa amigas, mas principalmente a ti :
______________
Amigos são poemas
Letícia Thompson

Os verdadeiros amigos são a poesia da vida. Eles enchem nossos dias de cores, rimas e risos e nos seguram a mão quando caminhar parece difícil.
Eles nos mostram que mesmo em dias nublados o sol está no mesmo lugar e nos ensinam que a chuva pode ser uma canção de ninar nas noites solitárias e vazias.Um amigo é alguém que nunca nos deixa só, mesmo quando não pode estar presente, pois sabemos que um pedacinho do seu coração está conosco.
Um amigo é alguém que pensa na gente mesmo sendo separado por mil mares, é alguém por quem a gente sabe que vale a pena viver.
Um amigo nem sempre diz sim quando dizemos sim e não quando dizemos não, mas ele vai nos fazer entender com mais clareza aquilo que não conseguimos entender sozinhos.
Um amigo é um bem precioso que devemos não deixar guardado numa caixinha de jóias para usá-lo quando precisamos, mas tê-lo sempre presente junto a nós, mostrando ao mundo que riqueza mesmo é ter um verdadeiro amigo.
______________
É esta a ideia que tenho da amizade e é assim que actuo junto de todas as minhas amigas, com mais ou menos assiduidade. Sempre que me sento ao computador, a minha primeira acção é verificar quantas mensagens eu tenho nas caixas postais e logo seguidamente começo a responder e a admirar os arquivos bonitos ou com conteúdo que me enviaram. Penso constantemente em vocês, e de tal maneira que apesar do que disse (no e-mail que te enviei), não me esqueci esta manhã de fazer o que prometi. Por hoje é tudo !!! Para a semana publico mais uma mensagem, ou talvez antes, quem sabe ? Um grande abraço para ti, do teu amigo.
Vitor

quarta-feira, 29 de abril de 2009

EMENDA FORÇADA E NÃO SÓ !!!!!

Não sei porque razão me foi cortado o último verso da última estrofe dum poema de Cesário Verde que dediquei às minhas amigas do "Sónico". Para desfazer essa má impressão, aqui o edito novamente e não só o dedico a todas as minhas amigas, sejam do"Sónico", do "hi5" ou mesmo dos "Blogues", mas também porque gosto de Cesário Verde e particularmente deste poema.
É dedicado como sempre o faço, com ternura e carinho. Vitor

ARROJOS

Se a minha amada um longo olhar me desse
Dos seus olhos que ferem como espadas,
Eu domaria o mar que se enfurece
E escalaria as nuvens rendilhadas.

Se ela deixasse, extático e suspenso
Tomar-lhe as mãos "mignonnes" e aquecê-las,
Eu com um sopro enorme, um sopro imenso
Apagaria o lume das estrelas.

Se aquela que amo mais que a luz do dia,
Me aniquilasse os males taciturnos,
O brilho dos meus olhos venceria
O clarão dos relâmpagos nocturnos.

Se ela quisesse amar, no azul do espaço,
Casando as suas penas com as minhas,
Eu desfaria o Sol como desfaço
As bolas de sabão das criancinhas.

Se a Laura dos meus loucos desvarios
Fosse menos soberba e menos fria,
Eu pararia o curso aos grandes rios
E a terra sob os pés abalaria.

Se aquela por quem já não tenho risos
Me concedesse apenas dois abraços,
Eu subiria aos róseos paraísos
E a Lua afogaria nos meus braços.

Se ela ouvisse os meus cantos moribundos
E os lamentos das cítaras estranhas,
Eu ergueria os vales mais profundos
E abateria as sólidas montanhas.

E se aquela visão da fantasia
Me estreitasse ao peito alvo como arminho,
Eu nunca, nunca mais me sentaria
Às mesas espelhentas do Martinho.

Cesário Verde